Conselho
Federal da OAB aprovou por unanimidade uma moção de apoio ao projeto, que, para
a entidade, criminaliza a violação das prerrogativas dos advogados. Para a OAB,
o projeto representa um avanço para as garantias do direito de defesa e para a
valorização dos advogados. Foto: OAB
Por Marina
Barbosa - Congresso
em Foco
O Conselho
Federal da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB) saiu em defesa do projeto de lei que
criminaliza o abuso
de autoridade nesta segunda-feira (19). A entidade acredita que o
projeto representa um avanço para as garantias do direito de defesa e para a
valorização dos advogados e, por isso, deve ser sancionado pelo
presidente Jair
Bolsonaro, que, no entanto, tem sido pressionado por outras entidades e
políticos para vetar trechos da proposta.
"O
plenário do Conselho Federal da OAB aprovou, nesta segunda-feira, por
unanimidade, uma moção de apoio ao projeto de lei que criminaliza a violação
das prerrogativas dos advogados. A medida foi votada e aprovada pelas duas
casas legislativas e aguarda sanção presidencial. A OAB Nacional afirma que a
sanção da nova norma é fundamental, e contará com a mobilização da
advocacia", informou em nota o Conselho Federal da OAB, que reúne 81
representantes das representações estaduais da Ordem e classificou o projeto
como "uma das principais propostas legislativas apoiadas pela
advocacia".
O projeto
de lei 7596/17, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada e
agora aguarda sanção presidencial, define os 37 crimes de abuso de autoridade
que podem ser cometidos por servidores públicos e membros dos Três Poderes.
Entre eles, estão obter provas por meios ilícitos; executar mandado de busca e
apreensão de forma ostensiva para expor o investigado; impedir encontro
reservado entre um preso e seu advogado; e decretar a condução coercitiva de
testemunha ou investigado sem intimação prévia de comparecimento ao juízo.
A OAB
acredita, portanto, que o projeto de lei criminaliza a violação das
prerrogativas dos advogados e, consequentemente, dos cidadãos. Por isso, também
vai enviar "uma manifestação de congratulações e apoio pela aprovação no
Congresso da medida" ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e ao
presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Mesmo
assim, o projeto deve sofrer vetos de Bolsonaro. É que diversas entidades e
políticos divergem da OAB e pediram que o presidente suprima alguns trechos da
proposta. Entre eles, a Associação dos Magistrados Brasileiros, os procuradores
da Operação
Lava Jato e a bancada
da bala, o que fez o presidente Jair Bolsonaro se reunir com o ministro
Sergio Moro, nesta segunda, para avaliar possíveis vetos ao projeto.
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