Não é de hoje a suspeita do flerte de Moisés com o MDB. O pé
apareceu, e é vermelho.
“Se
alguém tem que ser expulso, não sou eu”. A frase do deputado Jessé Lopes,
reagindo à informação de que o governador Carlos Moisés pediu a sua expulsão,
tem lógica. Sempre sob a desconfiança de que é um emedebista plantado, ou que
brotou na horta do PSL, Moisés pode estar testando a sua capacidade de liderar
sem os mais ferrenhos bolsonaristas. É verdade que o deputado Jessé ultrapassou
o limite do institucional, mas há de se anotar que esta é uma característica
bolsonarista. Moisés vem expondo o “pé vermelho”.
Parece ter
tirado o coturno ao escolher a Folha de São Paulo para dar uma entrevista em
que enfrenta pautas ideológicas como a questão do armamento e dos agrotóxicos.
Parece ter
tirado o coturno quando enfrenta o setor agropecuário que foi justo o que
primeiro apoiou a candidatura de Jair Bolsonaro.
E pode
haver mais indícios da sua linha ideológica se olharmos para a forma como
montou o seu governo, recorrendo a técnicos com origem no ambiente acadêmico ou
ao funcionalismo público, que é melhor identificado com políticas de esquerda
do que da direita.
Não é de
hoje a suspeita do flerte de Moisés com o MDB. O pé apareceu, e é vermelho.
Não é para
menos que a polêmica cartilha dos incentivos fiscais é herança do governo
antecessor e de uma pasta que manteve o comando emedebista de Paulo Eli. Aliás,
Moisés chama Eli de: o “Mago Eli”. Há quem diga que é porque ele oferece a
esperança da magia do fortalecimento da arrecadação, que dê fôlego para
corrigir distorções salariais dos servidores públicos...
Fonte: João
Paulo Messer – Coluna Bastidores - Engeplus
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