quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Moisés tirou o coturno...

Não é de hoje a suspeita do flerte de Moisés com o MDB. O pé apareceu, e é vermelho.

Se alguém tem que ser expulso, não sou eu”. A frase do deputado Jessé Lopes, reagindo à informação de que o governador Carlos Moisés pediu a sua expulsão, tem lógica. Sempre sob a desconfiança de que é um emedebista plantado, ou que brotou na horta do PSL, Moisés pode estar testando a sua capacidade de liderar sem os mais ferrenhos bolsonaristas. É verdade que o deputado Jessé ultrapassou o limite do institucional, mas há de se anotar que esta é uma característica bolsonarista. Moisés vem expondo o “pé vermelho”.

Parece ter tirado o coturno ao escolher a Folha de São Paulo para dar uma entrevista em que enfrenta pautas ideológicas como a questão do armamento e dos agrotóxicos.

Parece ter tirado o coturno quando enfrenta o setor agropecuário que foi justo o que primeiro apoiou a candidatura de Jair Bolsonaro.

E pode haver mais indícios da sua linha ideológica se olharmos para a forma como montou o seu governo, recorrendo a técnicos com origem no ambiente acadêmico ou ao funcionalismo público, que é melhor identificado com políticas de esquerda do que da direita.

Não é de hoje a suspeita do flerte de Moisés com o MDB. O pé apareceu, e é vermelho.

Não é para menos que a polêmica cartilha dos incentivos fiscais é herança do governo antecessor e de uma pasta que manteve o comando emedebista de Paulo Eli. Aliás, Moisés chama Eli de: o “Mago Eli”. Há quem diga que é porque ele oferece a esperança da magia do fortalecimento da arrecadação, que dê fôlego para corrigir distorções salariais dos servidores públicos...

Fonte: João Paulo Messer – Coluna Bastidores - Engeplus

Nenhum comentário: