quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Imbituba Urgente: Ex-prefeito Jaison Cardoso (PSDB) e o Vice Elísio Sgrott (PP) têm bens bloqueados pela justiça

O Tribunal de Justiça acatou o pedido liminar e determinou o bloqueio de R$ 301.405,59 do ex-prefeito Jaison Cardoso de Souza e R$ 86.296,46 do ex-vice prefeito Elísio Sgrott.(Foto:Gervazio Placido)

Políticos da região são condenados, por Diário do Sul

Três políticos da região foram condenados nos últimos dias pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Dois deles, de Imbituba, tiveram seus bens bloqueados, que, somados, totalizam aproximadamente R$ 400 mil. O outro caso foi de Imaruí, com condenação por multa.

Um dos casos é do vereador de Imbituba Elísio Sgrott. O Ministério Público do Estado de Santa Catarina – 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Imbituba – ajuizou ação civil pública com requerimentos de indisponibilidade de bens contra o vereador, que, segundo os autos, quando foi vice-prefeito de Imbituba, realizou viagem internacional, para fins majoritariamente particulares, com dinheiro público dos cofres municipais. O Tribunal de Justiça acatou o pedido liminar e determinou o bloqueio de bens de Elísio Sgrott, no valor de R$ 86.296,48.

Segundo foi apurado por meio de inquérito civil instaurado, a viagem, realizada no período de 16 a 30 de maio de 2014 e intitulada “Missão Oficial à Europa”, fora organizada com o objetivo de buscar ações voltadas ao Poder Público municipal e empresarial, com o pagamento no valor de R$ 16.235,82, realizado pelo município de Imbituba. Apesar do caráter de missão oficial de agentes públicos, segundo o processo, a viagem teve intuito meramente turístico, porque apenas duas visitas às prefeituras de Lisboa e Barcelona, em quinze dias de estadia, foram feitas pelo então vice-prefeito. Além disso, verificou-se que projetos citados por ele como resultantes da missão já existiam anteriores à viagem, “que confirmam seu intuito meramente turístico e revelam ter prevalecido o interesse privado sobre o público”.

O prejuízo sofrido pelo erário alcançou o montante de R$ 21.574,12, razão pela qual o órgão determinou, liminarmente, pela decretação de indisponibilidade de bens referente ao valor do dano, mais a multa civil de três vezes essa quantia, totalizando
R$ 86.296,48.


Jaison tem mais de R$ 300 mil bloqueados

Já o ex-prefeito de Imbituba Jaison Cardoso de Souza também teve liminar determinando o bloqueio de bens pelo Tribunal de Justiça, no valor de R$ 301.405,59. O pedido foi aceito liminarmente após ação do Ministério Público indicando que Jaison, na condição de prefeito de Imbituba, determinou, de modo ilegal, a implementação de obras que destruíram parcialmente os canteiros centrais da cidade, ato que acarretou custos e “prejuízo ao erário e violou princípios da administração pública”, diz o processo.

De acordo com o inquérito civil instaurado, a determinação do então prefeito, em desrespeito ao projeto Burle Marx e sem qualquer participação popular, de calçar os canteiros centrais da cidade com peças pré-moldadas e concreto PCC, motivou protestos da população e culminou no ajuizamento de ação civil pública, “julgada parcialmente procedente para determinar a cessação da destruição e supressão das áreas verdes presentes nos canteiros do município e a recuperação da vegetação suprimida, mediante o plantio de vegetação nativa e de árvores frutíferas, sentença mantida pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina”.


Ex-prefeito de Imaruí

O ex-prefeito de Imaruí Amarildo Matos de Souza, com mandato entre 2009 e 2012, foi condenado em ação civil pública por atos de improbidade administrativa, pela instalação de 53 placas publicitárias com apelo eleitoral em pontos estratégicos da cidade. Segundo os autos, muitas das placas informavam sobre investimentos falsos que o Estado faria na cidade, e não seguiam o padrão visual adotado pela administração pública estadual. “As placas divulgavam altos investimentos, desproporcionais e atípicos para o porte do município, e que nunca se efetivaram”. Segundo os autos, ele tentava minimizar críticas dirigidas a ele pelo fato de ter oferecido o município ao governo do Estado para receber a construção de um novo complexo penitenciário estadual. O ex-prefeito foi condenado ao pagamento de multa civil de 50 vezes o valor de sua remuneração à época, atualizada monetariamente e acrescida de juros, além da suspensão dos direitos políticos por cinco anos. Todos os casos ainda cabem recursos. O DS tentou contado com os três políticos, mas não obteve sucesso.

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