terça-feira, 23 de abril de 2019

Capital terá marcha em protesto contra a violência policial em Santa Catarina

Florianópolis terá uma Marcha Contra a Violência Policial nesta quinta-feira, 25/4, a partir das 17h, com concentração no Largo da Catedral. O evento está sendo organizado pelo Coletivo Ocupações Urbanas, com outros movimentos sociais, parlamentares e representantes de partidos progressistas, de esquerda e centro-esquerda.

Por Carlos Damião

O objetivo é protestar e chamar atenção da sociedade para a escalada da violência policial em Santa Catarina – com destaque para o fato mais recente, a execução de Vitor Rodrigues Xavier da Silva,  19 anos, no quintal de sua casa, em Ingleses, pela Polícia Militar, ocorrida no dia 18/4.

Os organizadores explicam as razões para a convocação do ato:
“Desde 2016 duplicaram as mortes pela polícia em Santa Catarina. Entre janeiro de 2011 e março de 2019, 588 pessoas morreram pelas mãos da Polícia Militar, enquanto, no mesmo período, 4 PMs foram assassinados. Cerca de 80% das pessoas mortas pela polícia são negras, evidenciando o racismo e a seletividade das ações policiais. As populações mais atingidas pela violência das forças de segurança pública têm sido moradoras(es) de periferias urbanas, indígenas, quilombolas, imigrantes e pessoas LGBTI+.

Essa situação vem piorando no governo Bolsonaro, com a política de cortes nos benefícios sociais e o estímulo ao armamento. Em Florianópolis, sem mandado judicial, policiais fazem batidas nas comunidades, derrubam casas e agridem moradoras(es), transformando a vida de quem mais precisa de proteção do Estado em um pesadelo. As abordagens são extremamente violentas, e frequentemente configuram casos de comportamento abusivo da polícia.
Não podemos aceitar tudo isso caladas(os)!

POR ISSO, marchamos:

– Pelo fim da violência policial e do abuso de poder;

– Pelo direito à moradia digna e contra os ataques às ocupações urbanas;

– Pelo fim do genocídio da população negra;

– Contra a guerra às drogas que criminaliza sobretudo pessoas negras e pobres;

– Contra o desmonte de políticas públicas e contra a Reforma da Previdência, porque os ataques à aposentadoria e aos benefícios sociais de trabalhadoras e trabalhadores também configuram violência;

– Em defesa da Democracia, para que todos os nossos direitos sejam respeitados!

Ao participar da mobilização vista preto, nossa roupa de luto em luta!”.

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