Florianópolis terá uma
Marcha Contra a Violência Policial nesta quinta-feira, 25/4, a partir das 17h,
com concentração no Largo da Catedral. O evento está sendo organizado pelo
Coletivo Ocupações Urbanas, com outros movimentos sociais, parlamentares e
representantes de partidos progressistas, de esquerda e centro-esquerda.
Por Carlos Damião
O objetivo é protestar e chamar atenção da sociedade
para a escalada da violência policial em Santa Catarina – com destaque para o
fato mais recente, a execução de Vitor Rodrigues Xavier da Silva, 19
anos, no quintal de sua casa, em Ingleses, pela Polícia Militar, ocorrida no
dia 18/4.
Os organizadores explicam as razões para a convocação
do ato:
“Desde 2016 duplicaram as mortes pela polícia em Santa
Catarina. Entre janeiro de 2011 e março de 2019, 588 pessoas morreram pelas
mãos da Polícia Militar, enquanto, no mesmo período, 4 PMs foram assassinados.
Cerca de 80% das pessoas mortas pela polícia são negras, evidenciando o racismo
e a seletividade das ações policiais. As populações mais atingidas pela
violência das forças de segurança pública têm sido moradoras(es) de periferias
urbanas, indígenas, quilombolas, imigrantes e pessoas LGBTI+.
Essa situação vem piorando no governo Bolsonaro, com a
política de cortes nos benefícios sociais e o estímulo ao armamento. Em
Florianópolis, sem mandado judicial, policiais fazem batidas nas comunidades,
derrubam casas e agridem moradoras(es), transformando a vida de quem mais
precisa de proteção do Estado em um pesadelo. As abordagens são extremamente
violentas, e frequentemente configuram casos de comportamento abusivo da
polícia.
Não podemos aceitar tudo isso caladas(os)!
POR ISSO, marchamos:
– Pelo fim da violência policial e do abuso de poder;
– Pelo direito à moradia digna e contra os ataques às
ocupações urbanas;
– Pelo fim do genocídio da população negra;
– Contra a guerra às drogas que criminaliza sobretudo
pessoas negras e pobres;
– Contra o desmonte de políticas públicas e contra a
Reforma da Previdência, porque os ataques à aposentadoria e aos benefícios
sociais de trabalhadoras e trabalhadores também configuram violência;
– Em defesa da Democracia, para que todos os nossos
direitos sejam respeitados!
Ao participar da mobilização vista preto, nossa roupa
de luto em luta!”.
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