A OMS anunciou em janeiro
que o problema seria reconhecido como uma condição patológica
Por Ingrid Soares - Especial para o Correio
Vício em videogame é considerado transtorno mental pela
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo a nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados à Saúde (CID 11) lançada nesta segunda-feira (18), o
transtorno dos jogos eletrônicos também foi adicionado à seção de transtornos
que podem causar vícios.
É necessário um período de pelo menos 12 meses para que
um diagnóstico seja atribuído, embora a duração possa ser reduzida caso todos
os requisitos de diagnóstico forem cumpridos e os sintomas forem severos.
A CID-11 será apresentada para adoção dos Estados
Membros em maio de 2019, durante a Assembleia Mundial da Saúde e entrará em vigor a partir de 1º de janeiro
de 2022. Essa versão é uma pré-visualização e permitirá aos países planejar seu
uso, preparar traduções e treinar profissionais de saúde. O documento também
auxilia a identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo e
contém cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte.
De acordo com a última revisão do manual de classificação
de doenças da OMS, a compulsão por jogos eletrônicos é descrita como um
"padrão de comportamento persistente ou recorrente" podendo se tornar
tão intenso que "toma a preferência sobre outros interesses da vida
real".
Segundo o manual, os principais sintomas são:
1) controle prejudicado sobre o jogo (por exemplo,
início, freqüência, intensidade, duração, término, contexto);
2) prioridade crescente dada ao jogo, na medida em que
o jogo tem precedência sobre outros interesses da vida e atividades diárias;
3) continuação ou escalada do jogo, apesar de resultar
em prejuízo significativo em áreas pessoais, familiares, sociais, educacionais,
ocupacionais ou outras áreas importantes de funcionamento.
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