segunda-feira, 18 de junho de 2018

Vício em videogame é reconhecido como doença pela OMS

A OMS anunciou em janeiro que o problema seria reconhecido como uma condição patológica

Por Ingrid Soares - Especial para o Correio

Vício em videogame é considerado transtorno mental pela Organização Mundial da Saúde (OMS).  Segundo a nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID 11) lançada nesta segunda-feira (18), o transtorno dos jogos eletrônicos também foi adicionado à seção de transtornos que podem causar vícios.

É necessário um período de pelo menos 12 meses para que um diagnóstico seja atribuído, embora a duração possa ser reduzida caso todos os requisitos de diagnóstico forem cumpridos e os sintomas forem severos.

A CID-11 será apresentada para adoção dos Estados Membros em maio de 2019, durante a Assembleia Mundial da Saúde  e entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2022. Essa versão é uma pré-visualização e permitirá aos países planejar seu uso, preparar traduções e treinar profissionais de saúde. O documento também auxilia a identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo e contém cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte.

De acordo com a última revisão do manual de classificação de doenças da OMS, a compulsão por jogos eletrônicos é descrita como um "padrão de comportamento persistente ou recorrente" podendo se tornar tão intenso que "toma a preferência sobre outros interesses da vida real".

Segundo o manual, os principais sintomas são:

1) controle prejudicado sobre o jogo (por exemplo, início, freqüência, intensidade, duração, término, contexto);

2) prioridade crescente dada ao jogo, na medida em que o jogo tem precedência sobre outros interesses da vida e atividades diárias;

3) continuação ou escalada do jogo, apesar de resultar em prejuízo significativo em áreas pessoais, familiares, sociais, educacionais, ocupacionais ou outras áreas importantes de funcionamento.

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