O país não aceita nenhuma
aventura, nenhuma ruptura da ordem legal e institucional. Exige o respeito à
legalidade, aos direitos sociais e políticos, o respeito ao direito de
manifestação e, neste caso, ao direito de greve.
O governo do desgastado e impopular Michel Temer só
existe para os muito ricos beneficiados pela política econômica imposta ao país
desde o golpe de 2016.
A demonstração prática mais visível, nesta semana, da
incúria desse governo que não cuida dos interesses do povo e do país, é a greve
dos caminhoneiros que, desde a segunda-feira (21), afeta a todos os setores da
vida nacional, as grandes cidades, os aeroportos e a vida dos brasileiros de
maneira geral.
A greve é uma reação contra a política de preços adotada
pela Petrobras desde 2017, cujos aumentos diários penalizam os caminhoneiros –
e os brasileiros de forma geral. E só favorece as multinacionais do petróleo. A
greve é uma reação legítima contra a espoliação imposta ao país e aos
trabalhadores.
É uma crise com nome e sobrenome: o presidente postiço
Michel Temer e Pedro Parente, o mais sabujo, descarado e submisso serviçal das
multinacionais do petróleo.
A insuportável política de aumentos no preço diários
dos combustíveis, acompanhando os preços internacionais e a variação do dólar
no Brasil, gerou esta que é tida como uma crise anunciada. Primeiro foram os
aumentos do preço do gás de cozinha, tão acentuados que um milhão e duzentas
mil famílias deixaram de usá-lo, voltando em muitos lugares a usar lenha para
cozinhar.
Os aumentos nos preços da gasolina e diesel foram mais
explosivos – e os generalizados protestos e denúncias desembocaram na atual
greve de caminhoneiros, que é o retrato do governo que privilegia os interesses
financeiros e favorece as multinacionais. A FUP (Federação Única dos
Petroleiros) informa que, sob Parente, o Brasil reduziu em muito sua capacidade
de refino do petróleo, passando a exportar petróleo bruto e a importar
gasolina. O refino caiu para apenas 70% da capacidade, e o país se tornou
comprador de 20% da gasolina exportada pelos EUA. Para o bem do Brasil e da
própria Petrobras, é necessário que Pedro Parente saia da presidência da
estatal.
Incapaz de construir uma saída para a crise que criou,
apela para o uso das Forças Armadas, que têm seu papel distorcido e
vulgarizado. O país não aceita nenhuma aventura, nenhuma ruptura da ordem legal
e institucional. Exige o respeito à legalidade, aos direitos sociais e
políticos, o respeito ao direito de manifestação e, neste caso, ao direito de
greve.
A saída da crise está na substituição do governo
golpista e seu programa elitista e antipopular por outro que, aprovado e
legitimado pelas urnas, atenda aos interesses do povo brasileiro, fortaleça a
democracia e a economia do país e respeite a soberania nacional. Os brasileiros
precisam se livrar de toda a quadrilha golpista, que tomando de assalto o poder
da República, governa para os ricos e o mercado financeiro e despreza os
interesses do povo, dos trabalhadores e da nação em seu conjunto.
Portal Vermelho - Editorial
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