Presidenciável criticou
proposta de equipe ministerial composta por generais apresentada pelo
parlamentar
Pré-candidato à Presidência pelo PDT, o ex-governador
do Ceará Ciro Gomes qualificou o seu adversário, o deputado Jair Bolsonaro
(PSL), de "uma ameaça ao País e chamou de "boçal" a promessa do
parlamentar de fazer uma equipe ministerial composta, em sua metade, por
generais. "Tem um concorrente meu aí prometendo que vai botar metade de
seu governo de generais, na suposição imbecil - boçal que é - de que general é
capaz de entender de tudo melhor que a gente", criticou o presidenciável.
Ciro, que participou nesta quarta-feira de um encontro
com a Associação Brasileira de Biogás e de Biometano (ABiogás), respondia a uma
pergunta sobre como pretende montar sua equipe ministerial caso eleito. Ele
disse que precisará ser "contemporizador das contradições
brasileiras" e que essa modulação depende do patamar de votos com que chegaria
à Presidência. Na "improbabilíssima" possibilidade de vencer no
primeiro turno, sua equipe ministerial teria "excelência técnica muito
maior que política", disse. Já uma vitória no segundo turno significaria
uma composição maior, notou, salientando que negociação "não é loteamento
de cargos".
Para jornalistas, após a apresentação, Ciro disse ainda
que Bolsonaro representa uma "ameaça" ao País por representar uma
chance "aprofundamento terminal da crise brasileira". "Para dar
um exemplo: nos últimos dias, Bolsonaro - que já apresentou projeto para punir
obstrução de vias -, apoiou a manifestação dos caminhoneiros. Três dias depois,
quando o governo anunciou punições aos grevistas, disse que revogaria elas caso
eleito, e três dias depois está retirando o apoio aos caminhoneiros. É esse o
tipo de presidente que queremos?", questionou. A reportagem está tentando
entrar em contato com a assessoria de Bolsonaro.
Fonte: Correio do Povo
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