O
nome da operação é alusivo ao nome da embarcação usado por Giuseppe Garibaldi
na Tomada de Laguna, que culminou com a proclamação da República Juliana
durante a Guerra dos Farrapos. Há uma praça na cidade como o nome Seival, na
região do Mar Grosso.
Leia abaixo matéria completa no G1
Polícia
diz que foi comprovado desvios de materiais, que deveriam ser utilizados na
reforma de um colégio local, para uma obra particular de um 'influente agente
político da cidade' (Foto: Polícia Civil/Divulgação).
Polícia e MP deflagram operação contra fraudes em
licitações em Laguna
Fonte G1
Foi deflagrada nesta terça-feira (21) a Operação
Seival, que investiga crimes contra fraudes em licitações em Laguna, no Sul de
Santa Catarina. Um vereador e outros políticos são investigados. Os nomes deles
não foram divulgados.
Ao todo, 76 ordens judiciais, sendo sete prisões
preventivas, seis prisões temporárias, 25 mandados de condução coercitiva e 38
mandados de busca e apreensão são cumpridas por 90 policiais civis na região.
Um vereador é investigado.
As medidas cautelares foram expedidas após a
investigação de três inquéritos policiais. A operação é feita em conjunto entre
a Polícia Civil e o Ministério Público de Santa Catarina.
Mais
de 70 ordens judiciais são cumpridas na região de Laguna (Foto: Polícia
Civil/Divulgação)
1º
inquérito
De acordo com a polícia, um grupo de empresários
"frustraram o caráter competitivo de duas licitações, mediante ajuste
prévio dos preços ofertados".
A investigação apontou que uma organização criminosa
atua na área de licitações em Laguna, "especificamente, na realização de
obras e fornecimento de materiais, e que possui entre os seus integrantes, um
vereador da cidade, que foi licenciado do cargo para exercer a função de
secretário municipal".
A polícia afirma que o vereador, que teve sua campanha
financiada pela organização criminosa, "praticou atos ilícitos para
atender exclusivamente interesses privados em detrimento do interesse público,
inclusive articulou para obter licitações em benefício do grupo, bem como
intermediou junto à Secretária da Fazenda para liberação de dinheiro após a
realização de obras ou serviços".
Um dos empresários teria recebido verba da prefeitura
referente ao fornecimento de materiais de construção para a Secretária de Obras
por meio de um decreto emergencial por causa das chuvas de dezembro de 2016. A
suspeita é que o pagamento foi intermediado pelo vereador, que na época era
secretário municipal.
2º inquérito
A Polícia Civil afirma que o vereador, no período que
atuou como secretário municipal, ordenou para que seus subordinados aprovassem
os candidatos indicados por ele, além de vazar informações sigilosas.
"Os candidatos beneficiados já possuíam prévio
vínculo com a secretaria ou com o então titular da pasta, tendo sido aprovados
em uma avaliação prática bastante obscura, sendo que sequer atendiam os
requisitos mínimos para o exercício do cargo", conforme a investigação.
3º inquérito
Após uma denúncia anônima, teve início o terceito
inquérito. De acordo com a polícia, a própria população "observava as
constantes fraudes que ocorriam no município. Foi possível comprovar os
constantes desvios de materiais, que deveriam ser utilizados na reforma de um
colégio local, para uma obra particular de um influente agente político da
cidade".
Ao longo da investigação, outros delitos foram descobertos.
A polícia informou que todos possuem envolvimento de políticos locais, que
agiam mediante recebimento de propina para beneficiar amigos ou funcionários.
90
policiais civis participam da Operação Seival (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
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