Descubra
como participar do processo seletivo para conseguir um financiamento do FIES em
2017!
Criado em 1999, o Fundo de Financiamento Estudantil
(FIES) é um programa do Governo Federal destinado a ajudar brasileiros de baixa
renda a pagarem uma faculdade particular. Os juros são mais baixos do que os
praticados no mercado e o estudante só começa a quitar a dívida depois de
formado.
É uma ajuda e tanto para quem está com o orçamento
apertado e não quer mais adiar o sonho de fazer um curso superior para turbinar
a carreira. O empréstimo do FIES está disponível para cursos presenciais em
todas as áreas do conhecimento, pelos quatro cantos do Brasil, em faculdades
reconhecidas e bem avaliadas pelo Ministério da Educação (MEC).
Descubra a seguir se você pode pedir um financiamento
do FIES, o que é necessário para garantir o benefício em 2017 e algumas das
principais faculdades participantes!
Quais são as regras do FIES em 2017?
O FIES andou sofrendo tantas mudanças recentemente que
os interessados em conseguir o financiamento do Governo Federal ficam de orelha
em pé a cada comunicado do MEC. A crise político-econômica e as restrições
orçamentárias também contribuem para o medo de que as regras mudem mais uma vez
ou, pior, que a próxima edição do programa não aconteça.
Se você tem receio de que o FIES não aconteça em 2017,
pode ficar tranquilo. O MEC já divulgou, no Diário Oficial da União, todas as
regras do Programa. E o melhor: elas não mudaram praticamente nada em relação
ao ano passado!
Em linhas gerais, a instituição de ensino precisa
cumprir as seguintes regras para oferecer vagas no FIES 2017:
- Assinar
o Termo de Participação dentro do prazo determinado, com o detalhamento das
vagas ofertadas – somente faculdades que aderiram ao FIES podem oferecer
vagas.
- As
instituições só podem oferecer vagas do FIES em cursos autorizados pelo
MEC, na seguinte proporção: até 50% para cursos com nota máxima (5), até
40% para cursos com nota 4, até 30% para cursos com nota 3. Cursos que
foram recentemente autorizados pelo MEC também podem entrar, desde que não
ultrapassem 25% das vagas.
Para o interessado em conseguir o FIES, essas
exigências são uma ótima notícia: significam que apenas cursos bem avaliados
pelo MEC ficam disponíveis para financiamento.
As regras de participação dos candidatos no processo
seletivo não mudam. Pode pedir o FIES 2017 quem:
- Obteve
pelo menos 450 pontos na média das provas e nota acima de zero na redação
de qualquer edição do Enem a partir de 2010.
- Tem
renda familiar bruta mensal de no máximo três salários mínimos por pessoa.
Conforme vem acontecendo nas últimas edições, é
responsabilidade do candidato:
- Fazer
a inscrição, pelo site oficial, dentro do prazo estipulado.
- Preencher
corretamente as informações solicitadas.
- Consultar
o resultado.
- Realizar
cadastro no SisFIES caso tenha sido pré-selecionado.
- Cumprir
os prazos de apresentação de documentos para seguir o processo de
contratação do financiamento.
Como participar do FIES 2017
O primeiro passo para quem pretende pedir o FIES 2017 é
verificar se atende aos requisitos de renda familiar e desempenho no Enem.
O MEC ainda não divulgou as datas da primeira edição do
FIES 2017, mas sabe-se que, historicamente, as inscrições costumam ser abertas
após a divulgação dos resultados de outro processo seletivo do Governo Federal,
o Programa Universidade para Todos (ProUni).
Quem cumprir os requisitos deve, no prazo determinado
pelo MEC, fazer a inscrição no site oficial do FIES Seleção.
Enquanto durarem as inscrições, o sistema do FIES
divulga as notas de corte – pontuação mínima para passar em cada vaga, de
acordo com universidade, curso e turno escolhidos. Durante esse período, o
candidato pode modificar suas opções, buscando vagas em que seu desempenho no
Enem seja suficiente para entrar.
O resultado do FIES é divulgado poucos dias após o
encerramento das inscrições. Cuidado com os prazos! Caso tenha sido pré-selecionado,
será necessário preencher um cadastro em outro sistema, o SisFIES.
É nessa etapa que se iniciam os procedimentos para
contratar o financiamento do FIES: reunir documentação, levar à faculdade,
apresentar ao banco, etc. É super importante ficar atento aos prazos de cada
etapa para não perder a vaga.
Vale a pena fazer o FIES 2017?
O FIES é uma mão na roda para quem não tem condições de
bancar sozinho uma boa faculdade. De maneira geral pode-se dizer que sim, vale
a pena fazer o FIES 2017 para conseguir cursar o ensino superior e, assim,
aumentar suas perspectivas no mercado de trabalho.
No entanto, é importante lembrar que o FIES é um
empréstimo estudantil. No prazo determinado pelo contrato, será necessário
devolver o valor ao Governo Federal. Dependendo do percentual financiado, o
estudante ainda precisa pagar uma parte da mensalidade à faculdade, além das
parcelas trimestrais referentes aos juros.
As vantagens do FIES são:
- Os
juros são mais baixos do que os praticados no mercado.
- O
prazo para pagamento é longo.
- A
dívida só começa a ser quitada após a formatura.
Faculdades que aceitam o FIES
Confira algumas instituições que costumam oferecer
vagas pelo FIES:
- Universidade
Norte do Paraná (UNOPAR)
- Universidade
Estácio de Sá (UNESA)
- Universidade
de Franca (UNIFRAN)
- Universidade
Cruzeiro do Sul (UNICSUL)
- Universidade
Cidade de São Paulo (UNICID)
- Faculdade
Unime (UNIME) – na Bahia
- Faculdade
Pitágoras (PITÁGORAS) – em Minas Gerais
- Centro
Universitário UNISEB (UNISEB-Estácio)
- Centro
Universitário do Distrito Federal (UDF)
- Centro Educacional Anhanguera (ANHANGUERA)
Novas regras para financiamento
As mudanças no Fies foram
apresentadas hoje (6), em cerimônia no Palácio do Planalto. Serão três
tipos de financiamento. A primeira modalidade terá financiamento com recursos
públicos e irá oferecer 100 mil vagas por ano, com juro zero para os estudantes
que tiverem uma renda per capita mensal familiar de três salários mínimos.
Atualmente, a taxa de juros do Fies é de 6,5% ao ano.
O risco do financiamento, que atualmente é apenas do
governo, será compartilhado com as universidades privadas. “No mundo todo, as
universidades compartilham o custo com o governo. Aqui, grande parte do risco
da inadimplência ficava concentrada no Tesouro Nacional, agora se corrige
isso”, explicou Mansueto. Segundo ele, o governo vai colocar R$ 2 bilhões nos
próximos quatro anos para o Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo
(Fgeduc).
Saiba Mais
Outra mudança anunciada hoje foi a fixação de um limite
médio de 10% da renda do trabalhador para o pagamento do Fies, no caso do
financiamento com recursos públicos. Atualmente, não há limite para o
endividamento dos alunos. “O Fies não é o único item consignável, o trabalhador
pode consignar para outros fins, até para crédito pessoal. Então, não faz
sentido o Fies comprometer mais do que isso. No Fies antigo, não havia limite,
agora vai ter esse limite médio de 10%”, explicou o ministro da Educação,
Mendonça Filho.
O MEC ainda não definiu quais os cursos serão
priorizados nas ofertas de vagas do Fies, mas Mendonça Filho disse que o
ministério deverá enfatizar as áreas que possam gerar melhor renda e tenham
maior demanda do mercado de trabalho.
As novas regras do Fies vão valer apenas para contratos
firmados a partir do ano que vem. Neste semestre, o MEC vai oferecer 75 mil
novas vagas de contratos de financiamento, ainda com as regras atuais: podem
participar os estudantes com que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) 2016 e tiveram média das notas igual ou superior a 450 pontos e nota na
redação superior a zero. O estudante também precisa ter renda familiar mensal
bruta per capita de até três salários mínimos.
Segundo o Ministério da Educação, atualmente há mais de
2,5 milhões de contratos ativos no Fies.
Fundos Regionais
A segunda modalidade de financiamento do Fies será
destinada a alunos com renda familiar per capita de até cinco salários mínimos.
A fonte de recursos serão os fundos constitucionais regionais, com juros baixos
e risco de inadimplência assumido pelos bancos. Serão ofertadas 150 mil vagas
em 2018 para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Na terceira modalidade, o Fies terá como fontes de
recursos o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os
fundos regionais de desenvolvimento das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste,
com juros baixos, também para estudantes com renda familiar per capita mensal
de até cinco salários mínimos. O risco de crédito também será dos bancos. Serão
ofertadas 60 mil vagas no próximo ano. Nessa modalidade, o MEC discute com o
Ministério do Trabalho uma nova linha de financiamento que pode garantir mais
20 mil vagas adicionais em 2018.
Segundo o ministro da Integração Nacional, Helder
Barbalho, não há risco de faltar recursos para apoiar os futuros projetos de
desenvolvimento para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, pois a
programação financeira para os próximos quatro anos é mais do que suficiente
para fazer frente às demandas por financiamentos.
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