sexta-feira, 7 de julho de 2017

Confira quais são as regras para participar do FIES e as novas regras de financiamento


Descubra como participar do processo seletivo para conseguir um financiamento do FIES em 2017!

Criado em 1999, o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa do Governo Federal destinado a ajudar brasileiros de baixa renda a pagarem uma faculdade particular. Os juros são mais baixos do que os praticados no mercado e o estudante só começa a quitar a dívida depois de formado.
É uma ajuda e tanto para quem está com o orçamento apertado e não quer mais adiar o sonho de fazer um curso superior para turbinar a carreira. O empréstimo do FIES está disponível para cursos presenciais em todas as áreas do conhecimento, pelos quatro cantos do Brasil, em faculdades reconhecidas e bem avaliadas pelo Ministério da Educação (MEC).

Descubra a seguir se você pode pedir um financiamento do FIES, o que é necessário para garantir o benefício em 2017 e algumas das principais faculdades participantes!


Quais são as regras do FIES em 2017?
O FIES andou sofrendo tantas mudanças recentemente que os interessados em conseguir o financiamento do Governo Federal ficam de orelha em pé a cada comunicado do MEC. A crise político-econômica e as restrições orçamentárias também contribuem para o medo de que as regras mudem mais uma vez ou, pior, que a próxima edição do programa não aconteça.
Se você tem receio de que o FIES não aconteça em 2017, pode ficar tranquilo. O MEC já divulgou, no Diário Oficial da União, todas as regras do Programa. E o melhor: elas não mudaram praticamente nada em relação ao ano passado!
Em linhas gerais, a instituição de ensino precisa cumprir as seguintes regras para oferecer vagas no FIES 2017:

  • Assinar o Termo de Participação dentro do prazo determinado, com o detalhamento das vagas ofertadas – somente faculdades que aderiram ao FIES podem oferecer vagas.
  • As instituições só podem oferecer vagas do FIES em cursos autorizados pelo MEC, na seguinte proporção: até 50% para cursos com nota máxima (5), até 40% para cursos com nota 4, até 30% para cursos com nota 3. Cursos que foram recentemente autorizados pelo MEC também podem entrar, desde que não ultrapassem 25% das vagas.
Para o interessado em conseguir o FIES, essas exigências são uma ótima notícia: significam que apenas cursos bem avaliados pelo MEC ficam disponíveis para financiamento.
As regras de participação dos candidatos no processo seletivo não mudam. Pode pedir o FIES 2017 quem:
  • Obteve pelo menos 450 pontos na média das provas e nota acima de zero na redação de qualquer edição do Enem a partir de 2010.
  • Tem renda familiar bruta mensal de no máximo três salários mínimos por pessoa.
Conforme vem acontecendo nas últimas edições, é responsabilidade do candidato:
  • Fazer a inscrição, pelo site oficial, dentro do prazo estipulado.
  • Preencher corretamente as informações solicitadas.
  • Consultar o resultado.
  • Realizar cadastro no SisFIES caso tenha sido pré-selecionado.
  • Cumprir os prazos de apresentação de documentos para seguir o processo de contratação do financiamento.
Como participar do FIES 2017
O primeiro passo para quem pretende pedir o FIES 2017 é verificar se atende aos requisitos de renda familiar e desempenho no Enem.
O MEC ainda não divulgou as datas da primeira edição do FIES 2017, mas sabe-se que, historicamente, as inscrições costumam ser abertas após a divulgação dos resultados de outro processo seletivo do Governo Federal, o Programa Universidade para Todos (ProUni).

Quem cumprir os requisitos deve, no prazo determinado pelo MEC, fazer a inscrição no site oficial do FIES Seleção.

Enquanto durarem as inscrições, o sistema do FIES divulga as notas de corte – pontuação mínima para passar em cada vaga, de acordo com universidade, curso e turno escolhidos. Durante esse período, o candidato pode modificar suas opções, buscando vagas em que seu desempenho no Enem seja suficiente para entrar.

O resultado do FIES é divulgado poucos dias após o encerramento das inscrições. Cuidado com os prazos! Caso tenha sido pré-selecionado, será necessário preencher um cadastro em outro sistema, o SisFIES.
É nessa etapa que se iniciam os procedimentos para contratar o financiamento do FIES: reunir documentação, levar à faculdade, apresentar ao banco, etc. É super importante ficar atento aos prazos de cada etapa para não perder a vaga.

Vale a pena fazer o FIES 2017?
O FIES é uma mão na roda para quem não tem condições de bancar sozinho uma boa faculdade. De maneira geral pode-se dizer que sim, vale a pena fazer o FIES 2017 para conseguir cursar o ensino superior e, assim, aumentar suas perspectivas no mercado de trabalho.
No entanto, é importante lembrar que o FIES é um empréstimo estudantil. No prazo determinado pelo contrato, será necessário devolver o valor ao Governo Federal. Dependendo do percentual financiado, o estudante ainda precisa pagar uma parte da mensalidade à faculdade, além das parcelas trimestrais referentes aos juros.

As vantagens do FIES são:
  • Os juros são mais baixos do que os praticados no mercado.
  • O prazo para pagamento é longo.
  • A dívida só começa a ser quitada após a formatura.
Faculdades que aceitam o FIES
Confira algumas instituições que costumam oferecer vagas pelo FIES:
Novas regras para financiamento

As mudanças no Fies foram apresentadas hoje (6), em cerimônia no Palácio do Planalto. Serão três tipos de financiamento. A primeira modalidade terá financiamento com recursos públicos e irá oferecer 100 mil vagas por ano, com juro zero para os estudantes que tiverem uma renda per capita mensal familiar de três salários mínimos. Atualmente, a taxa de juros do Fies é de 6,5% ao ano.
O risco do financiamento, que atualmente é apenas do governo, será compartilhado com as universidades privadas. “No mundo todo, as universidades compartilham o custo com o governo. Aqui, grande parte do risco da inadimplência ficava concentrada no Tesouro Nacional, agora se corrige isso”, explicou Mansueto. Segundo ele, o governo vai colocar R$ 2 bilhões nos próximos quatro anos para o Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc).
Saiba Mais
Outra mudança anunciada hoje foi a fixação de um limite médio de 10% da renda do trabalhador para o pagamento do Fies, no caso do financiamento com recursos públicos. Atualmente, não há limite para o endividamento dos alunos. “O Fies não é o único item consignável, o trabalhador pode consignar para outros fins, até para crédito pessoal. Então, não faz sentido o Fies comprometer mais do que isso. No Fies antigo, não havia limite, agora vai ter esse limite médio de 10%”, explicou o ministro da Educação, Mendonça Filho.
O MEC ainda não definiu quais os cursos serão priorizados nas ofertas de vagas do Fies, mas Mendonça Filho disse que o ministério deverá enfatizar as áreas que possam gerar melhor renda e tenham maior demanda do mercado de trabalho.
As novas regras do Fies vão valer apenas para contratos firmados a partir do ano que vem. Neste semestre, o MEC vai oferecer 75 mil novas vagas de contratos de financiamento, ainda com as regras atuais: podem participar os estudantes com que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2016 e tiveram média das notas igual ou superior a 450 pontos e nota na redação superior a zero. O estudante também precisa ter renda familiar mensal bruta per capita de até três salários mínimos.
Segundo o Ministério da Educação, atualmente há mais de 2,5 milhões de contratos ativos no Fies.

Fundos Regionais
A segunda modalidade de financiamento do Fies será destinada a alunos com renda familiar per capita de até cinco salários mínimos. A fonte de recursos serão os fundos constitucionais regionais, com juros baixos e risco de inadimplência assumido pelos bancos. Serão ofertadas 150 mil vagas em 2018 para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Na terceira modalidade, o Fies terá como fontes de recursos o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os fundos regionais de desenvolvimento das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com juros baixos, também para estudantes com renda familiar per capita mensal de até cinco salários mínimos. O risco de crédito também será dos bancos. Serão ofertadas 60 mil vagas no próximo ano. Nessa modalidade, o MEC discute com o Ministério do Trabalho uma nova linha de financiamento que pode garantir mais 20 mil vagas adicionais em 2018.

Segundo o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, não há risco de faltar recursos para apoiar os futuros projetos de desenvolvimento para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, pois a programação financeira para os próximos quatro anos é mais do que suficiente para fazer frente às demandas por financiamentos.

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