quinta-feira, 27 de abril de 2017

Léo Pinheiro entrega provas de propina durante governo Serra

Geraldo Magela/Agência Senado

Do Jornal GGN

A defesa de Léo Pinheiro entregou à Lava Jato provas documentais de pagamento de propina por obras do Rodoanel, no período em que José Serra (PSDB) era o governador de São Paulo. Entre as provas estão contratos fictícios e notas frias.

Segundo reportagem de O Globo, desta quinta (27), só entre 2007 e 2008, a OAS pagou R$ 17 milhões em propina a uma empresa de locação de equipamentos, que teria servido de intermediária. Os investigadores identificaram o pagamento de R$ 4,6 milhões do Consórcio à empresa Legend Engenheiros, de Adir Assad, que está preso na Lava Jato. Segundo o jornal, ele está em tratativa de acordo de colaboração com a Lava Jato.

Todo o esquema de corrupção teria ocorrido sob a gestão de Paulo Vieira Souza, o Paulo Preto, na Dersa. A companhia foi responsável pelos contratos das obras do Rodoanel. Paulo Preto teria organizado o cartel e a OAS foi líder do Consórcio, diz a acusação.

Delatores da Odebrecht também revelaram que foram obrigados a pagar propina por obras do Rodoanel, num total de R$ 1,2 milhão apenas por um trecho do projeto. Parte dos recursos ajudou a financiar as campanhas de José Serra, Aloysio Nunes e Gilberto Kassab, afirmaram delatores.

"Os documentos foram apresentados por Léo Pinheiro junto com um pedido para que o juiz Sérgio Moro aceite ouvi-lo pela segunda vez no processo que envolve o repasse de recursos por meio de Assad, já condenado na Lava-Jato a nove anos de prisão. O processo está em sua fase final antes da sentença a das alegações finais do Mininistério Público Federal e dos acusados. Os advogados do empresário afirmam que ele apresentou os documentos e pode detalhar mais sobre eles em um novo interrogatório", diz o jornal.

TRIPLEX

No caso triplex, em que Lula é acusado de ser o proprietário oculto de um apartamento no Guarujá construído e reformado pela OAS, Léo Pinheiro entregou como provas o registro de telefones a João Vaccari Neto e Paulo Okamotto, do Instituto Lula, além da agenda, indicando encontros com o ex-presidente.

Pessoas com acesso à investigação ressalvaram ao Globo que as provas de Pinheiro não confirma o teor das acusações, apenas que ele teve encontros com Lula ou pessoas próximas ao petista.

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