Amostras foram colhidas em doze Estados e no
Distrito Federal.
Leia abaixo as marcas que apresentam irregularidades
As marcas que apresentaram irregularidades estão a
Astorga, Carrefour, Almeirim, Conde de Torres, entre outras.
As marcas que passaram nos testes
encontram-se Andorinha, Aro, Apolo, Borges, Belo Porto, Carrefour Discount e
outras.
Azeite: fiscalização do governo identifica
irregularidades em 45 marcas
Por: Estadão Conteúdo
O Ministério da Agricultura identificou
irregularidades em 45 marcas de azeite entre 140
coletadas nos últimos dois anos. As amostras foram
colhidas em doze Estados e no Distrito Federal, num total de
322.329 litros (dos quais 114.750 litros considerados conformes e 207.579
litros com problemas). A equipe de fiscalização inspecionou 279 amostras de 214
lotes. Do total, 38,7% dos lotes tinham problemas e 79% das irregularidades
eram relacionadas à baixa qualidade (produto ruim vendido como bom).
De acordo com o ministério, em comunicado, a fraude
mais comum praticada por empresas envazadoras é a utilização de óleo vegetal
com azeite lampante, que tem cheiro forte e acidez elevada (extraído de
azeitonas deterioradas ou fermentadas) e que não deve ser destinado à
alimentação. No Paraná, foram identificadas empresas que vendiam produto como
azeite de oliva, mas com composição de 85% de óleo de soja e 15% de lampante.
Segundo o ministério, as fraudadoras foram autuadas, multadas em até R$ 532 mil
por irregularidade encontrada e os produtos foram apreendidos para descarte. As
empresas também foram denunciadas ao Ministério Público. O próximo passo é a
abertura de inquérito policial.
As análises, realizadas pelos Laboratórios Nacionais
Agropecuários (Lanagro) do Rio Grande do Sul e de Goiás, também apontaram
azeites desclassificados (que podem não ser considerados como azeite) e fora de
tipo (não tem boa qualidade).
Os Estados em que foram registradas mais
irregularidades foram São Paulo, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal,
onde se concentram o maior número de empresas que envazam o produto. Os
envazadores, que importam a granel, principalmente da Argentina, foram os que
apresentaram mais irregularidades.
O Brasil é o terceiro maior importador de azeite de
oliva do mundo, segundo dados do Comitê Oleícola Internacional (COI). Em 2016,
o País importou cerca de 50 milhões de toneladas do produto.
Consumidor
Para o consumidor evitar ser enganado, a primeira coisa na qual deve prestar atenção é o preço: desconfie se estiver muito abaixo do padrão. Verificar no rótulo o local em que foi envazado, se no país de origem, por exemplo, pode dificultar fraude, como misturas.
Além disso, especificações como o termo tempero em
letras miúdas e, em destaque, azeite de oliva. Não se trata de azeite
adicionado de especiarias, mas de tempero vendido como azeite de oliva.
Qualquer adição ou mistura com outros óleos vegetais requer que o produto seja
rotulado como "õleo misto ou composto", devendo o consumidor ser
obrigatoriamente informado sobre os porcentuais que compõem a mistura.
O Ministério da Agricultura divulgou em seu site
www.agricultura.gov.br duas listas de marcas de azeite, as em conformidade e as
irregulares, de acordo com a fiscalização realizada em 140 marcas, coletadas
nos últimos dois anos.
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