por Miguel do Rosário blog Cafezinho
Derrota de Temer.
Derrota da Globo.
Renan, possivelmente irritado com a chantagem do
consórcio Globo/PGR, que mais uma vez se uniu para tentar coagi-lo a obedecer
às orientações do golpe, resolveu chutar o balde.
E organizou um motim em prol da classe trabalhadora.
Sob sua liderança, a bancada do PMDB não vai apoiar a
terceirização selvagem, para todas as atividades, conforme aprovado na Câmara e
desejado por Michel Temer, o drácula dos direitos sociais.
De todos os caciques do PMDB, Renan Calheiros é o que
tem demonstrado mais incômodo com o neoliberalismo ensandecido, fanático e
inconsequente do governo Temer.
É também o político que tem detectado, com mais
sensibilidade, a mudança nos ventos da opinião pública, incluindo aí o
crescimento da revolta popular contra o governo Temer e o declínio da “fúria
reacionária”.
Diferente de Temer e de alguns de seu entorno (Moreira
Franco, Eliseu Padilha), que estão aproveitando os instantes de poder para
saquearem o Brasil sem pensar no dia do amanhã, até porque não enxergam nenhum
futuro político para si mesmos, Renan tem ambição de continuar na política. Seu
filho é governador de Alagoas. E ele sabe que, para isso, precisa se afastar de
um governo profundamente impopular e ilegítimo.
Claro que é cálculo.
Mas um cálculo bom, e que mostra que a voz das ruas
incomoda cada vez mais a classe política.
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