quarta-feira, 29 de março de 2017

Palco Giratório Sesc celebra 20 anos como maior circuito de artes cênicas do país

Espetáculo “Women´s”, do Grupo Experiência Subterrânea, de Florianópolis, é o representante catarinense no Palco Giratório (Foto: Divulgação)

Até o final do ano, o projeto contará com 685 apresentações artísticas em 144 cidades, com 20 companhias selecionadas.

O Palco Giratório, circuito de artes cênicas do Sesc, completa 20 anos de existência e cai na estrada para a temporada 2017. A partir do dia 29 de março, data do lançamento nacional em Campina Grande (PB), o projeto visitará 144 cidades em 26 estados e no Distrito Federal, com espetáculos, seminários e intercâmbios artísticos. Este ano, o Palco Giratório contará com a participação de 20 companhias, que somarão 685 apresentações artísticas e 1.188 horas de oficinas teatrais.A programação completa do Palco Giratório e outras informações podem ser obtidas do Sesc-SC .
O representante catarinense no Palco Giratório é o Grupo Experiência Subterrânea, de Florianópolis, que viajará pelo Brasil com o espetáculo “Women´s”. A montagem conta a história de Adair, faxineira de um necrotério que dialoga com seus fantasmas pessoais enquanto trabalha. Ela conversa com vozes que escuta sobre um suposto crime, debate seus vínculos familiares com um cadáver à espera de autópsia e, manipulando os corpos, vai dando vida aos personagens de sua rotina.

Neste ano, o projeto presta homenagem à “Tribo de Atuadores Oi Nóis Aqui Traveiz” (RS), que estreará seu mais novo espetáculo – “Caliban – A Tempestade de Augusto Boal” – no circuito. A montagem é um trabalho de rua que celebra os 39 anos do coletivo, um dos mais relevantes do país.

O técnico de Artes Cênicas do Sesc, Raphael Vianna, ressalta que o Palco Giratório é um projeto que vai além do circuito de espetáculos, pois leva ideias, provocações e questões lançadas pela curadoria para o Brasil, incluindo cidades pequenas. São 20 anos disseminando as artes cênicas, em diferentes manifestações e linguagens culturais, promovendo intercâmbio de modos de fazer, criar, pensar e sentir. Com uma curadoria formada por profissionais do Sesc, a programação selecionada para o Palco Giratório apresenta anualmente uma amostra importante da produção cênica brasileira. Os espetáculos são apresentados simultaneamente, percorrendo todos os estados brasileiros.

Em Santa Catarina, nove espetáculos circulam de maio a novembro com apresentações gratuitas em diversas cidades. Em agosto, Florianópolis recebe a 14ª edição do Festival Palco Giratório, que traz para a capital catarinense todos os grupos selecionados para o projeto e convidados, além de oficinas de formação, em um mês de programação intensa. Em maio acontecem as apresentações dos espetáculos “Abrazo”, do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare (RN), “NINHOS performance para grandes pequenos”, da Balangandança Cia (SP) e “Caranguejo Overdrive”, da Aquela Cia de Teatro (RJ), vencedora de três prêmios Shell. Em junho, serão apresentados os espetáculos “Os Mequetrefe”, do grupo Parlapatões (SP) e “Ledores do Breu”, da Cia do Tijolo (SP). Em julho, tem dança com “Finita”, de Denise Stutz (RJ). Em agosto os espetáculos “Lete”, da Beradera Cia. De Teatro (RO) e “Maiêutica”, da Cia Raquel Mützenberg (MT) percorrem cidades catarinenses. O circuito no Estado encerra com apresentações de “O quadro de todos juntos”, do grupo Pigmalião Escultura que Mexe (MG), em outubro e novembro. As programações serão divulgadas previamente no site do Sesc-SC (www.sesc-sc.com.br).

Duas décadas: o Palco Giratório em números

Reconhecido como uma das maiores iniciativas no segmento de artes cênicas do país, o Palco Giratório é uma rede de intercâmbio e difusão das artes cênicas consolidada no cenário cultural brasileiro. Ao longo de 19 edições, levou uma grande variedade de gêneros e linguagens artísticas para um público diversificado em 9.526 apresentações em todo o país, entre grupos de teatro de rua, circo, dança entre outras linguagens artísticas — em instalações do Sesc, praças e outros espaços urbanos.
Fonte: http://panorama.jor.br/cultura

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