Na lista da Odebrecht governo golpista não reúne mais condições de governar
Do correio Brasiliense
Após delação, Temer faz reunião de emergência com
ministros de governo
A intenção é avaliar o conteúdo das delações, vazadas à
Lava-Jato. O encontro já acontece, no Palácio do Jaburu, e Temer deve discutir
medidas para a retomada da economia ainda este ano.
Por conta das delações de ex-executivos da Odebrecht,
citando nomes da cúpula do governo Temer, o atual presidente da República
convocou uma reunião de emergência com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha
e outros ministros de governo. A intenção é avaliar o conteúdo das delações,
vazadas à Lava-Jato. O encontro já acontece, no Palácio do Jaburu, e Temer deve
discutir medidas para a retomada da economia ainda este ano, que têm exatos 20
dias para chegar ao fim.
Segundo o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), que esteve
com Temer na tarde deste domingo (11/12), o presidente receberá a equipe
econômica durante a noite para tratar de um pacote de medidas para recuperar o
emprego, a ser lançado nesta semana. Agora, Temer recebe o secretário-executivo
do Programa de Parceria de Investimentos, Moreira Franco. Padilha se juntará à
equipe no início do noite.
A reunião ocorre na mesma semana da divulgação de um
dos termos do acordo de delação premiada do ex-vice-presidente de Relações
Institucionais da Odebretch, Carlos Melo
Filho, que cita Temer, Moreira e Padilha nos depoimentos de executivos da
empreiteira à Lava-Jato.De acordo com Rosso, Temer está “sereno”. “A prioridade
é a retomada da economia. No Senado, a
PEC dos gastos. E na Câmara, a reforma da previdência. O foco é o ajuste fiscal
e o presidente disse que confia nas instituições e na independência dos
poderes, principalmente do Judiciário”, disse o deputado.
O líder do PSD disse, ainda, que a reunião de urgência
deste domingo tratará de um pacote de medidas, que deve ser lançado nesta
semana. “São uma série de ações para geração de emprego e renda no curto
prazo”, afirmou.
De acordo com Rosso, as medidas de estímulo já vinham
sendo estudas há cerca de um mês e os últimos detalhes devem ser acertados em
um encontro com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. No entanto, a
assessora de imprensa do ministro disse que ele continuará em São Paulo, onde
cumpre agenda nesta segunda (12/12). Meirelles almoça com os dirigentes da
Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e participa da cerimônia de entrega
de dois prêmios à noite.
Entenda
o caso
Cláudio Melo Filho afirmou em delação que Temer pediu
R$ 10 milhões ao empreiteiro Marcelo Odebrecht em 2014. Oficialmente, o
Planalto negou ontem à noite a informação e afirmou que não há mais comentários
a serem feitos. A delação premiada que atingiu em cheio a cúpula do PMDB e do
governo, inclusive o presidente Michel Temer — citado 43 vezes no depoimento
— impôs um movimento de cautela a integrantes
do Palácio do Planalto.
Interlocutores do Executivo dizem que é preciso
aguardar o desenrolar dos depoimentos, que ainda precisam ser comprovados, mas
não negam a preocupação com possíveis impactos das delações. Segundo depoimento
do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Carlos Melo
Filho, a empreiteira destinou dinheiro de caixa 2 para campanhas eleitorais e
ainda fez repasses para a aprovação de medidas de interesse da construtora no
Congresso Nacional.
Está prevista para a próxima terça-feira, a última
votação da PEC do Teto dos Gastos e da LDO. O governo não quer que a tramitação
dessas medidas, e da reforma da Previdência, sejam prejudicadas com o teor das
delações dos ex-executivos da Odebrecht.
Com
informações da Agência Estado
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