Do Debate Progressista
Dois anos após a conclusão do inquérito pela Polícia
Federal, a Procuradoria da República em São Paulo deve apresentar denúncia
(acusação formal) contra o chamado cartel dos trens no Estado, esquema de
fraudes em contratos do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
(CPTM). Esta é a principal apuração criminal envolvendo o caso.
O inquérito, concluído no dia 4 de dezembro de 2014,
aponta a participação de ex-diretores e ex-presidente da CPTM, executivos de
multinacionais, lobistas e empresários nos crimes de corrupção ativa e passiva,
formação de cartel, lavagem de dinheiro, crime licitatório e evasão de divisas
entre 1998 e 2008, durante as gestões do PSDB – Mário Covas, Geraldo Alckmin e
José Serra. Ao todo foram 33 indiciados; nenhum político.
O MPF informou, por meio de sua assessoria, que o caso
será concluído ainda em 2016, mas não antecipou qual providência será tomada.
Pessoas próximas da investigação, no entanto, disseram que a hipótese mais
provável é o oferecimento de denúncia.
A possibilidade de enquadramento dos investigados em
crime de formação de quadrilha, segundo fontes do MPF, foi abandonada porque a
pena prescreveu.
Durante o período em que o inquérito ficou nas mãos do
procurador Rodrigo de Grandis, a maior parte dos R$ 600 milhões sequestrados
pela Justiça junto a ex-agentes públicos e empresas envolvidas no esquema foi
desbloqueado.
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