segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Mais quantos protestos serão necessários?

 O protesto contou com a participação de moradores e turistas. - Foto: Uapi/Divulgação/Notisul

Moradores de bairros da Ilha (Laguna) realizam mais um ato contra cobrança integral da travessia da balsa. Valor para cada carro é de R$ 13,00.

Por Rafael Andrade, Notisul

 “Estivemos no atracadouro da balsa, onde, unidos com moradores das comunidades da região da Ilha demonstramos com discursos e cartazes a nossa insatisfação devido ao preço da tarifa cobrada, a falta de banheiros e estrutura precária das balsas menores que realizam a travessia. 

Chegou-se ao consenso que precisamos ter urgência no diagnóstico do fluxo de veículos que utilizam a balsa diariamente. Assim, podemos ser beneficiados com nossos direitos. Nosso objetivo é buscar encaminhamentos para que o assunto seja tratado com prioridade. 

Não podemos nos calar diante de uma situação na qual o direito de ir e vir da população da região da Ilha é interrompido”. Assim resumiu a presidente da União das Associações de Pescadores da Ilha (Uapi), Maria Aparecida dos Santos Ramos, a Cida, após o protesto organizado no bairro Ponta da Barra, em Laguna, às margens da Lagoa Santo Antônio dos Anjos.

Só para sintetizar a pauta, quem mora na Ilha (nas localidades da Ponta da Barra, Passagem da Barra, Campos Verdes, Galheta, Ipuã, Cigana, Cardoso e Farol de Santa Marta) precisa desembolsar R$ 26,00 por dia para atravessar de carro para ir e retornar do trabalho no centro de Laguna. 

Se ganha salário mínimo (R$ 88,00) e precisar fazer o trajeto 25 dias por mês, por exemplo, terá de arcar R$ 650,00. Se o cidadão não ganhe benefício de vale-transporte ou ajuda de custo do combustível, como fica?

 O pedido dos moradores não é da isenção integral da taxa, mas um desconto de 50%.

Os proprietários da Laguna Navegação - empresa que detém o direito das travessias - relutem à reivindicação. 

A prefeitura já foi contatada, chegou a confeccionar um documento para que o pedido fosse colocado em prática e até agora... nada. Mais quantos protestos serão necessários?

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