quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A Comissão de Constituição e Justiça aprovou o fim do foro privilegiado de políticos e autoridades para crimes comum

O senador Álvaro Dias, autor da proposta, e o senador Randolfe Rodrigues, relator, durante a sessão Marcelo Camargo/Agência Brasil

Após horas de discussão, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (16) a proposta que acaba com a garantia de foro privilegiado de políticos e autoridades nas infrações penais comuns. A PEC segue agora para votação em dois turnos no plenário do Senado.

O relatório aprovado, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP ), estabelece o fim do foro privilegiado para todas as autoridades, incluindo o presidente da República, os presidentes da Câmara e do Senado e aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), além de integrantes do Judiciário, senadores, deputados, prefeitos e governadores.

A prerrogativa do privilegiado permite que, conforme o cargo que ocupam, políticos e autoridades sejam julgados por tribunais de Justiça dos estados, tribunais regionais federais, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal. Se a PEC for aprovada no plenário, as autoridades passam a responder a processos por crimes comuns na primeira instância da Justiça.

Foi acolhida pela CCJ a sugestão do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) de assegurar às autoridades processadas a centralização dos processos em um mesmo juízo – o que recebeu a primeira ação. Esse procedimento já é adotado na ação civil pública. Mesmo assim, alguns senadores, como Romero Jucá (PMDB-RR) e Humberto Costa (PT-PE), defenderam a continuidade das discussões para aprimoramento do texto, agora no -plenário do Senado.

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