"uma
onda desse tipo, num país como o Brasil, só iria aumentar a desigualdade com o
passar dos anos"
Jornal GGN - A guinada à direita que os jornais
noticiam nesta segunda-feira (31), passadas as eleições de 2016, não vai durar
por causa de seu caráter conservador. A visão é do governador Flávio Dino
(PCdoB), que diz que o motivo é muito simples: uma onda desse tipo, num país
como o Brasil, só iria aumentar a desigualdade com o passar dos anos.
Nesse cenário, não cabe à esquerda
ficar de braços cruzados. É preciso um "novo programa sustentado por uma
frente ampla”. “Penso ser esse o caminho. Frente ampla em que volte a atrair a
atenção do eleitor médio, que rapidamente vai se desiludir com certas coisas
esquisitas", destacou.
Do
Portal Vermelho
Diante do resultado eleitoral deste
domingo (30), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) reafirmou, na manhã
desta segunda-feira (31), a necessidade da esquerda de revisar o seu conteúdo
programático e elaborar um projeto que una as forças progressistas, populares e
democráticas em torno de um “projeto sustentando por uma frente ampla”.
Segundo Flávio Dino, com esse resultado
eleitoral, a “esquerda deve fazer rápido duas revisões: uma programática e
outra orgânica. Desenvolvimento e direitos devem ser os eixos de novo
Programa”, salientou.
"Candidatos esquisitos e
absenteísmo"
O governador lamentou os resultados
eleitorais, principalmente nas grandes cidades, como o grande número de
abstenções, nulos e brancos e destacou ainda a eleição de pessoas incomuns à
política. Para ele, “mais uma vez o partido vitorioso foi o da ‘antipolítica’,
representada por candidatos esquisitos e pelo absenteísmo bastante expressivo”.
“A guinada do eleitorado mais para a
direita derivou da profunda crise econômica, que dizimou empregos e a
perspectiva de progresso social. Não teremos no Brasil, contudo, uma 'onda
conservadora' duradoura. Por várias razões. Uma delas que isso fortaleceria a
desigualdade, já absurda”.
Flávio Dino admitiu que o PT teve
importante derrota em todo o Brasil, mas “continua a ser muito expressivo”.
Para ele, o discurso do "fim do PT" não é coerente, “é mais torcida
ou ódio do que realidade”.
“Emerge das urnas uma esquerda mais
plural e multifacetada. Isso é positivo pois impele ao diálogo, e não a
exclusivismos”, ressaltou.
“A esquerda deve olhar menos para
trás e mais para frente”, criticou o governador comunista e apresentou como
saída um “novo programa sustentado por uma frente ampla”. “Penso ser esse o
caminho. Frente ampla em que volte a atrair a atenção do "eleitor
médio", que rapidamente vai se desiludir com certas coisas
esquisitas", destacou.
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