Revistas científicas advertem, podemos estar às vésperas de
uma pequena glaciação!
Fala-se
muito do aquecimento global, porém este mesmo aquecimento pode ser o gatilho de
um resfriamento que ocorre a cada 1500 anos em média. Esta informação não saiu
de um site que fala de alienígenas ou de uma publicação cética do Aquecimento
Global Antropogênico, a informação vem das duas mais conceituadas revistas
científicas do mundo a Science e a Nature.
Agora dia 30
de junho de 2016 nas notícias on line da Revista Science, sai uma pequena
reportagem intitulada Crippled Atlantic currents triggered ice age climate
change do jornalista científico Eric Hand, que baseado nas observações das
últimas décadas, e principalmente do artigo científico intitulado North
Atlantic ocean circulation and abrupt climate change during the last
glaciation, que descreve a reconstituição das condições de gatilho da última
glaciação, que parecem repetir as condições atuais que estão ocorrendo na
chamada Atlantic Meridional Overturning Circulation (AMOC), das quais a
conhecidíssima Corrente do Golfo é uma das suas partes.
A AMOC assim
como a Corrente do Golfo fazem parte da correia transportadora oceânica, uma
grande corrente que sai do Oceano Índico, passa pelo Cabo da Boa Esperança, no
meio do Atlantico Sul, na frente do Golfo do México, na costa Norte Americana e
vai aquecer a Europa, depois dela receber as águas frias e geladas da
Groelândia volta mais ou menos pelo mesmo caminho (só que num nível mais baixo)
ao para o Oceano Índico.
No filme
catástrofe “O dia depois do Amanhã”, há uma ruptura quase que instantânea da
Corrente do Golfo e em poucas semanas o Hemisfério Norte vira uma Sibéria sem
verão. O enredo do filme é totalmente impossível, porém o mecanismo de
resfriamento do Hemisfério Norte pode não precisar de séculos para ocorrer,
pois já há provas científicas que em menos de duas décadas a Groelândia no
passado sofreu variações significativas para mais e para menos da ordem de 8°C
em questão de poucas décadas, logo um arrefecimento na Europa de um par de
graus pode ocorrer em questão de vinte ou trinta anos, aí as migrações serão da
Europa para a África!
O mecanismo
de circulação termo-halina (água mais ou menos salgada e também mais fria ou ou
mais quente) que causam esta circulação, entretanto de há uma modificação
nestas características o transporte de calor para o Hemisfério Norte cessa e
como este é o Hemisfério das terras ele tende a ser ocupado por imensas
geleiras.
O mais
interessante de tudo é que a preocupação dos europeus é real e já vem de mais
de uma década, um grupo de pesquisas denominado RAPID AMOC: Monitoring the
Atlantic Overturning circulation, que foi criado em 2001 e já foi prorrogado a
sua existência até 2018 chegou a uma conclusão importante, que a queda
intensidade da corrente de 2004 a 2014 foi notável e dez vezes mais rápida do
que as previsões dos modelos matemáticos numa taxa média de 0,5 Sv ao ano.
O gráfico
acima mostra o fluxo de água na Corrente do Golfo (1Sv= 106m³/s).
Porém se
quisermos ir mais longe, com os dados do projeto Argo, é possível plotar mais
ou menos para a mesma (75W-10W e 60N-40N profundidade de 0-500m) a variação da
temperatura de janeiro de 2004 até maio de 2016, verificando-se que nos dois
últimos anos a queda da temperatura que já era notável ainda acelerou mais, ou
seja, está chegando menos água e mais fria.
Também quase
de forma simultânea (29 de junho de 2016) a revista Nature Geoscience escreve
em editorial denominado Subtle signals at sea (Sinais sutis do mar) e lança uma
série de artigos sobre o que se chama o Capotamento da Circulação do Atlântico
Norte, e mais interessante ainda cita o filme desastre “O dia depois de
amanhã”.
Lendo com
cuidado a Nature se observa que as razões antropogênicas que arguem os
cientistas vinculados à hipótese de AGA são relativizadas, pois em alguns
trabalhos se mostra que a quantidade de degelo na Groelândia (que é atribuído a
causas antropogênicas) é minimizada, passando a propor de forma discreta a
causas naturais e cíclicas.
por Rogério Maestri
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