segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Surge em Imbituba o PRG - Partido da Rádio Golpista



Usando a expressão do jornalista Mino Carta, é de conhecimento até do reino mineral... É do conhecimento até do reino mineral que as Rádios Bandeirantes 1010 e FM 93.7, emissoras com sede na cidade de Imbituba e pertencentes respectivamente ao grupo político ligado ao Prefeito Beto Martins e ao ex-Prefeito Osny de Souza Filho, manipulam informações, fazem apologia da administrção e seus aliados, enquanto raivosamente não toleram quem ousa questionar a gestão pública da cidade.

Porém, as emissoras locais deveriam ter um pouco de bom senso e informar, apenas isso, informar os ouvintes, e não desinformá-los, como aconteceu na manhã desta 2ª feira (24), em seus programas jornalísticos, devido picuinhas políticas, desprezam o bom jornalismo.

No último sábado (22) mais de 4 mil pessoas participaram de uma caminhada pela paz e pela mudança no centro da cidade, centenas de internautas curtiram ou compartilharam a informação pelo facebook, o centro da cidade parou para ver a manifestação pacífica, mas apesar da ampla divulgação do sucesso do evento na internet, as rádios golpistas não divulgaram uma única palavra do ocorrido.

Essas rádios simplesmente ignoraram o maior evento político dos últimos 20 anos na cidade,  mas se utilizaram de um estranho caso de polícia (seqüestro e invasão de propriedade do ex-prefeito Osny) com insinuações vìs, irresponsáveis, golpista, safadas, de que foi a mando da oposição política. Tentam transformar um caso de policia em caso político.

Recentemente a sociólaga Marilena Chauí fêz uma palestra onde discutiu essa questão da manipulação da informação e os danos que causam à democracia e ao cidadão.Vale a pena ler o trabalho completo. 

Deixo aqui uma pequeno trecho:

“No caso do Brasil, o poderio econômico dos meios é inseparável da forma oligárquica do poder do Estado, produzindo um dos fenômenos mais contrários à democracia, qual seja, o que Alberto Dines chamou de “coronelismo eletrônico”, isto é, a forma privatizada das concessões públicas de canais de rádio e televisão, concedidos a parlamentares e lobbies privados, de tal maneira que aqueles que deveriam fiscalizar as concessões públicas se tornam concessionários privados, apropriando-se de um bem público para manter privilégios, monopolizando a comunicação e a informação. Esse privilégio é um poder político que se ergue contra dois direitos democráticos essenciais: a isonomia (a igualdade perante a lei) e a isegoria (o direito à palavra ou o igual direito de todos de expressar-se em público e ter suas opiniões publicamente discutidas e avaliadas). Numa palavra, a cidadania democrática exige que os cidadãos estejam informados para que possam opinar e intervir politicamente e isso lhes são roubado pelo poder econômico dos meios de comunicação”.

Marilena Chauí



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