Desde que foi divulgado no portal e-Democracia,
o anteprojeto de
lei que, entre outras medidas, descriminaliza o porte e o plantio de drogas
para uso próprio provocou uma “onda” de consultas ao site por parte de pessoas
interessadas em participar da discussão. O pico de acesso depois da divulgação
chegou a 2 mil acessos por dia, um patamar considerado “muito elevado” pela
gerente do Programa e-Democracia da Câmara, Alessandra Müller Guerra.Há, até o momento, 119 tópicos de discussão no portal com centenas de comentários e milhares de visualizações. “A quantidade de visualizações é um dado importante porque as pessoas, às vezes, não interagem, mas estão acompanhando a discussão”, destacou a gerente. “Damos muito valor a esse indicativo”, acrescentou.
O anteprojeto foi divulgado depois que o presidente
da Câmara, Marco Maia, recebeu, no
último dia 22, representantes do movimento “Lei de Drogas - É preciso
mudar!" que apresentaram o texto, elaborado por juristas, com mais de cem
mil assinaturas de apoio. A proposta descriminaliza o porte e o plantio de
drogas para uso próprio.
O grupo é formado por integrantes da igreja
católica e evangélica, representantes da segurança pública e políticos. O
coordenador do grupo é o presidente da Comissão Brasileira sobre Drogas e
Democracia, Paulo Gadelha.
“A proposta é interessante, mas polêmica. Por isso,
eu sugeri a iniciativa de colocar no [site] e-Democracia”, disse à época o
presidente Marco Maia. “Vamos deixar a proposta no portal por 2 ou 3 meses.
Depois as entidades devem encaminhar o projeto ao Congresso.” Maia disse ainda
que a proposta pode ser encampada por um deputado e virar um projeto de lei de
autoria desse parlamentar, ou chegar à Câmara como um projeto de lei de
iniciativa popular.
“Esse debate é muito importante para o Brasil”,
disse Maia, que descartou a possibilidade de atrelá-lo à discussão sobre
reformas no Código Penal (Decreto-lei 2.848/40).
O Senado analisa um anteprojeto de reforma do Código Penal,
elaborado por uma comissão especial de juristas, que permite a
descriminalização do plantio e do porte de maconha para consumo próprio.
Segundo Alessandra Müller Guerra, o maior exemplo
de participação popular vivenciado pelo portal e-Democracia foi a discussão em
torno do marco civil da internet (PL 2126/11). Após
diversos debates presenciais e virtuais entre cidadãos e a Câmara dos
Deputados, o novo relatório do deputado Alessandro Molon (PT-RJ) foi elaborado
com diversas contribuições provenientes desses debates, inclusive de
internautas por meio do portal.
Fonte: "Agência Câmara de Notícias"
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